Risco de racionamento em 2015 pode ser de 35%, aponta PSR
29/09/2014
O país poderá chegar a maio de 2015 com um risco de racionamento de energia na ordem de 35% caso a MLT média no período úmido fique em 80%. Esse seria o cenário mais adverso de acordo com as simulações da consultoria PSR. A conta leva em consideração o atual nível de reservatórios que deverão chegar ao final do período seco em 22% e o pior cenário de vazões projetada nas 1,2 mil séries de simulação que a empresa utiliza, tomando como base um terço mais seco das projeções.
De acordo com a diretora da PSR, Priscila Lino, a simulação da PSR já apontava para um nível de reservatórios que o Operado Nacional do Sistema Elétrico publicou em nota técnica na semana passada para o PMO de outubro. “Essa probabilidade se dá em função de um cenário mais seco e próximo a 80% da MLT daqui até abril. Se ficar nessa ordem a chance de decretar racionamento é de 35%”, afirmou a executiva durante o 2º Encontro Nacional de Consumidores Livres, realizado pelo Grupo CanalEnergia, em São Paulo. Atualmente, lembrou Lino, o risco de racionamento para o ano de 2015 está em 12%.
A executiva ressaltou que a questão toda depende de como virá o período úmido. Se for mais seco aumentam as chances, mas se vier mais úmido o Brasil passará pelo período. “Mas isso não quer dizer que os problemas estarão resolvidos”, indicou ela.
Entre esses problemas para o ano que vem estão a situação das distribuidoras, que ainda podem ficar com um alto nível de descontratação, podendo chegar a 3,5GW médios, mais elevado que este ano. E ainda, os reservatórios continuarão deplecionados por conta do atual nível em que se encontram. Com isso, continuou ela, o despacho térmico continuará na base e os custos com essa geração, elevados.
Aliás, ela terminou dizendo que a depender do volume de térmicas poderemos ter ainda mais custos em função de um possível aumento de preços de combustíveis por terem recebido a informação de que já há a sinalização de aumento de preços para o ano que vem. Contudo, ela disse que não foi passado em quanto poderia ser o aumento, que atingiria todos os combustíveis, inclusive o gás natural.
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